Híbrida, Bienal do Livro Rio terá curadoria coletiva este ano
Maior festival de cultura do país acontecerá em dezembro, com programação plural e diversa, seguindo todos os protocolos de segurança
- Data: 06/10/2021 07:10
- Alterado: 06/10/2021 07:10
- Autor: Redação
- Fonte: Bienal do Livro RJ
Bienal do Livro Rio
Crédito:Divulgação
Anote no calendário: a Bienal do Livro Rio acontece em dezembro, com o propósito de virar a página de um período conturbado para o setor de eventos no país, convidando o público a escrever um novo momento da história. Depois de 18 meses sem eventos culturais, encontros e espaços para diálogos olho no olho, o festival marcará esse recomeço tão aguardado. A Bienal será repleta de trocas de ideias, reflexões e discussões necessárias nos dias de hoje, promovendo uma experiência que desperta possibilidades de construir novos futuros, além de celebrar, é claro, tudo o que a cultura pode proporcionar às pessoas.
O maior festival de cultura e literatura do Brasil acontece entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca, de forma híbrida. Em sua 20ª edição, o mesmo ambiente plural e democrático estará rigorosamente adaptado aos tempos atuais, seguindo todos os protocolos sanitários necessários para um evento seguro, prezando pelo bem-estar de todos. A Bienal é realizada pela multinacional francesa GL events, uma das líderes mundiais no mercado de eventos, e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), que há 80 anos representa a classe editorial no país.
A grande novidade este ano é a criação de um coletivo curador, responsável por desenhar uma programação comprometida com a diversidade, e voltada para todos os públicos. Integram este grupo a cineasta, produtora e diretora Rosane Svartman; a escritora e cineasta Letícia Pires; a escritora, jornalista e atriz Bianca Ramoneda; o jornalista Edu Carvalho; a escritora, jornalista e apresentadora Ana Paula Lisboa; o ator, roteirista, dramaturgo e escritor Felipe Cabral; a escritora e diretora Claudia Sardinha; o escritor e diretor Julio Ludemir, a jornalista Fátima Sá; a pesquisadora e consultora artística Raphaela Leite; e a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz.
Para discutir o que as pessoas têm vivido em tempos desafiadores e com um cenário tão polarizado, a Bienal quer valorizar o poder transformador da escuta e traz uma provocação: “Que histórias a gente precisa contar agora?”. Para apoiar na construção dessas novas narrativas, o festival lança nesta edição a Estação Plural, espaço que vai reunir autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção -, para debater com o público as diferentes perspectivas sobre “quem éramos, quem somos, e o que vamos ser daqui para frente neste novo horizonte que nos aguarda”. Todos esses painéis serão transmitidos ao vivo no site da Bienal (https://bienaldolivro.com.br).
“O coletivo curador foi idealizado para permitir que o conteúdo, a programação da Bienal, sempre atual e representativa, seja pensada por todas as perspectivas, para todos os públicos. E a criação da Estação Plural surge alinhada com esse novo momento da curadoria, para enriquecer nossos olhares, trocas de conhecimento e nos desafiar através da cultura e da imaginação”, explica Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pela Bienal.
O evento vai se apropriar de uma área total de 100.000m² no Riocentro, com metade do espaço de área livre, seguindo todos os protocolos definidos pelas autoridades competentes:
– Para o acesso à Bienal, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos;
• As vendas dos ingressos serão exclusivamente online;
– Distanciamento obrigatório entre os visitantes: as ‘avenidas’ ficaram mais largas e foi ampliado o espaçamento entre os estandes;
– O uso uso máscaras é obrigatório;
– Totens com álcool em gel estarão disponíveis em todo o espaço;
– A Bienal receberá 50% da sua capacidade em dez dias, e o público será dividido em turnos, com limite de vendas de ingressos por período.
“Neste ponto, estamos explorando o conhecimento e a expertise que a GL events tem, como um dos principais players do mercado de eventos do mundo. Nossa companhia está presente em 27 países e administra mais de 50 centros de convenções pelo mundo, inclusive na Europa e na Ásia, onde já começou uma retomada segura dos eventos presenciais. Aqui no Brasil, com o avanço da vacinação, a perspectiva é positiva e nós faremos tudo com prudência e responsabilidade”, reforça Tatiana.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos da Veiga Pereira, o evento marcará um novo momento para o mercado editorial.
“Além de ser um dos eventos mais importantes da cidade e o maior da indústria do livro no Brasil, a Bienal deste ano representará a materialização dos bons encontros que as histórias proporcionam. Neste caso, um (re)encontro muito esperado: com os livros, com autores, com outros leitores, com personalidades e agentes da cadeia livreira que tornam esse universo tão enriquecedor”, diz.
Marcos destaca ainda a relação próxima das editoras com os leitores. “Para as editoras, o evento sempre trouxe uma exposição extraordinária para as obras e uma troca direta com o público, que é um dos grandes diferenciais de quem trabalha com livros e por eles. A nossa expectativa é de que o retorno dessa visibilidade e do aquecimento das vendas, que acontece de forma singular durante a Bienal, possa marcar um novo capítulo para o mercado editorial e a validação dos nossos esforços para atravessarmos esse período”, afirma.
Bienal 360°
Todas as sessões deste ano serão transmitidas pela plataforma Bienal 360°, um hub de conteúdo diário hospedado no site do evento, que traz informações multimídia sobre cultura, sociedade, atualidades e mercado literário. Lançada em janeiro de 2021, a plataforma era um sonho para ampliar o alcance do conhecimento gerado na Bienal, que passa a estar presente, de forma constante na vida do público interessado em obras e narrativas, entrevistas, encontros e debates com autores, indicações e análises de livros, filmes e séries que se conectam com o universo da literatura.
Além disso, em parceria com o Submarino, e-commerce oficial da plataforma, é possível comprar livros e encontrar os grandes lançamentos do mercado. Este novo formato surgiu com o Canal Bienal, permitindo que o público pudesse assistir na íntegra todos os painéis da última edição do evento, em 2019. A Bienal também promoveu o Festival Conexões, cujo conteúdo se encontra disponível na plataforma. A partir de agora, todas as próximas edições seguirão neste modelo, online e offline.
Sobre a Bienal do Livro Rio
Consagrada como o maior festival de cultura e literatura do Brasil, a Bienal Internacional do Livro Rio integra o calendário oficial da cidade e chega à sua 20ª edição propondo uma reflexão com diferentes perspectivas sobre quem éramos, quem somos, e o que vamos ser daqui para frente neste novo horizonte que nos aguarda. Mais do que um encontro de histórias, em que o livro é o protagonista, a Bienal é uma plataforma de conhecimento e conteúdo exclusivos, que estimula a imaginação do leitor, aproxima o público dos seus escritores preferidos, além de lançar novos autores. Desta vez, com todo o cuidado necessário pelo atual momento, o festival será online e offline. Com a missão de incentivar o hábito da leitura para mudar o país, a Bienal traz este ano uma provocação: “Que histórias a gente precisa contar agora?”.