Pane no WhatsApp, Facebook e Instagram deve provocar reflexão e mudança de atitude

O crash do Facebook, Instagram e WhatsApp no dia de ontem impactou 2,8 bilhões de pessoas em todo o mundo e teve o efeito avassalador para os negócios e para todos os profissionais, com raríssimas exceções. “Não é de espantar tamanho estrago”, explica a especialista em marketing de influência e estrategista de marketing digital Aline Bak. “Enquanto o Facebook e o Instagram já se tornaram há algum tempo mídias essenciais para o comércio e o varejo, o WhatsApp é o aplicativo número um para as conexões e parcerias, sendo também um canal de vendas para muita gente ”, diz ela.

Com a pane, empresas dos mais diferentes portes registraram prejuízos ou simplesmente tiveram suas vendas estagnadas por quase sete horas, que pareceram intermináveis. “Mas se os negócios perderam muito com o bug que travou as três plataformas ao mesmo tempo, o próprio Facebook registrou um prejuízo gigante”, indica a especialista. “A empresa teve queda de 5% em suas ações, com perda de 7 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 38 bi”, diz Aline Bak.

“Como as três plataformas são comandadas hoje pelo grupo de Mark Zuckerberg, quando caem é preciso parar para pensar em um plano B para o dano não ser tão pesado para os negócios”, explica Aline.

A expert considera que a queda do dos três serviços deve servir de lição e de aprendizado para todos compreenderem que não devem ficar reféns de uma única mídia social, ou, como no caso recente, de plataformas pertencentes a uma mesma organização. “É hora de começar a fazer um conteúdo multiplataforma”, alerta Aline.

Segundo a especialista, existem soluções fáceis de se colocar em prática, que são capazes de minimizar danos se futuramente ocorrer caso semelhante. Veja abaixo as recomendações de Aline Bak:

– Abra sua conta no Telegram, concorrente direto do WhatsApp. “Assim, você conseguirá se comunicar com seus contatos e evitará perder vendas”, orienta ela. Bak explica que os contatos da agenda do smartphone podem ser passados facilmente para o aplicativo de origem russa. “Além de compartilhar fotos e vídeos, é possível até mesmo criar grupos neste aplicativo”, diz ela.

– Use o bom e velho e-mail. “Sim, as listas de e-mails continuam sendo fundamentais, sobretudo em casos de panes em redes sociais”, explica Bak. “Por isso, mantenha sempre sua relação de e-mails atualizada para conseguir restabelecer um canal de conversa ou de venda também por essa via”, indica.

– Invista em outras plataformas. “O Tik Tok é o aplicativo do momento e está com excelente taxa de entrega, se comparado aos algoritmos do Facebook e do Instagram”, explica Aline. “O Twitter, o Tik Tok, o Pinterest, o Linkedln e o YouTube são também extremamente relevantes”, diz ela. “Para priorizar um ou outro, é importante ter em mente a atividade e necessidade profissional”, aponta a especialista. “Por exemplo, o Pinterest é maravilhoso para arquitetos, consultoras de imagem e de estilo; o Twitter é ótimo para mensagens rápidas. O Linkedln possibilita conexões entre profissionais. Para a postagem de vídeos, que está muito em alta ultimamente, vale a pena apostar em uma novidade do YouTube: o formato Shorts, que permite vídeos de até 60 segundos”, aconselha.