Autópsia do corpo de Maradona aumenta as evidências de erro médico
Exames concluíram que ídolo argentino morreu por causa de um 'edema agudo de pulmão secundário e insuficiência cardíaca crônica exacerbada'
- Data: 23/12/2020 11:12
- Alterado: 23/12/2020 11:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
“É tão importante o que apareceu com o que não surgiu nessas análises de laboratório. À primeira vista, confirmam que davam psicofármacos para Maradona, mas nenhum medicamento para combater sua cardiopatia”, declarou um dos responsáveis pela autópsia à agência Télam.
Outro ponto que coloca o trabalho médico em dúvida, segundo o investigador, é o fato de Maradona tomar remédios psicofármacos que produzem arritmia, o que não é recomendável para um paciente que tinha problemas cardíacos como era o caso do capitão da seleção argentina nas copas de 1986, 1990 e 1994.
Com estes resultados, espera-se que Laura Capra, Come Iribarren e Patricio Ferrari, promotores responsáveis pela investigação, convoquem uma junta médica para saber se houve erro no tratamento de Maradona e se sua morte poderia ter sido evitada.
O responsável pelo tratamento foi o neurocirurgião Leopoldo Luque, de 39 anos, médico particular de Maradona desde 2016. Foi ele quem fez uma drenagem no cérebro do lendário jogador em novembro. Acusado formalmente pelo Ministério Público, Luque, que se eximiu de culpa, teve celulares e computadores apreendidos para a investigação.
Outro detalhe informado pelo canal de TV argentino LaSexta é que “não foi uma morte súbita, mas sim uma grande agonia que durou entre seis e oito horas“.
Gianinna, uma das filhas de Maradona, reagiu após os resultados dos exames feitos no corpo de seu pai. “Todos os filhos da p… esperando que a autópsia do meu pai tenha drogas, maconha e álcool. Não sou médica, mas ele parecia muito inchado. A voz robótica. Não era sua voz. Estava acontecendo e eu era a LOUCA INSANA.”