Bolsonaro defende classificar ações de criminosos no Ceará como terrorismo

O presidente disse que “ações como incendiar e explodir bens públicos ou privados devem ser tipificados como terrorismo”

  • Data: 12/01/2019 11:01
  • Alterado: 12/01/2019 11:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro defende classificar ações de criminosos no Ceará como terrorismo

Crédito:Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro defendeu, em publicação no Twitter, endurecer a legislação penal contra atos como incêndio ou depredação de bens, classificando-os como terrorismo. Fazendo menção à situação no Ceará, onde facções criminosas têm levado a cabo ações como detonação de explosivos em pontes e torres de transmissão em uma onda de ataques que já dura mais de dez dias, Bolsonaro defendeu ainda um projeto de lei que, segundo críticos pode criminalizar movimentos sociais.

“Ao criminoso não interessa o partido desse ou daquele governador. Hoje ele age no Ceará, amanhã em SP, RS ou GO. Suas ações, como incendiar, explodir, … bens públicos ou privados, devem ser tipificados como TERRORISMO. O PLS 272/2016 do Sen. Lasier Martins é louvável”, escreveu o presidente na manhã deste sábado.

O PLS 272 amplia os casos e condutas tipificadas na Lei Antiterrorismo. Para representantes de movimentos sociais, as mudanças tornam a classificação imprecisa e podem permitir a criminalização de movimentos sociais e de manifestações públicas.

Atualmente, o projeto encontra-se pronto para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. O relator é o senador Magno Malta (PR-ES), que não obteve a reeleição.

A decisão do presidente de apoiar publicamente o endurecimento contra o crime organizado, enquadrando algumas ações como terrorismo, é uma reação à onda de ataques no Ceará, onde facções criminosas se uniram para reagir contra as medidas mais duras tomadas no Estado para combatê-las. Enviados pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, efetivos da Força Nacional participam também dessas operações.

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  • Data: 12/01/2019 11:01
  • Alterado:12/01/2019 11:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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