Após dia de confrontos, Guaidó mantém protesto contra Maduro nesta quarta-feira,1º
Conflito entre oposição e forças do governo na terça-feira, 30, deixou um morto e, ao menos, 60 feridos. Maduro garante que movimento contou com apoio da Colômbia e EUA
- Data: 01/05/2019 09:05
- Alterado: 01/05/2019 09:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Manifestantes antichavistas e forças de segurança entraram em confronto em Caracas e nas cidades de Maracaibo e San Cristóbal, nesta terça-feira, 30.
Os conflitos começaram após o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, declarar que teria apoio de militares venezuelanos no movimento para acabar com a “usurpação do poder” no País e convocar a oposição a ir para as ruas para pressionar o presidente Nicolás Maduro. Ao seu lado estava o também líder opositor Leopoldo López, libertado de sua prisão domiciliar por militares que apoiam Guaidó.
Diosdado Cabello, responsável pela Assembleia Constituinte pró-Maduro, convocou apoiadores do governo a irem para o Palácio presidencial de Miraflores. Maduro afirmou ter lealdade dos militares.
Ao menos 11 pessoas foram presas em quatro Estados, segundo a ONG Foro Penal Venezuelano. Durante confrontos, tanques chegaram a avançar sobre manifestantes nas proximidades de uma base aérea em Caracas. De acordo com números oficiais, uma pessoa foi morta e mais de 60 ficaram feridas.
Guaidó convocou a população a manter os protestos previstos para esta quarta-feira, dia 1º de maio, contra o presidente venezuelano.
MADURO
Nicolás Maduro, reapareceu na noite desta terça-feira, 30, na emissora de televisão pública, 15 horas depois do início do levante militar liderado pelo opositor Juan Guaidó, e garantiu que movimento contou com o apoio da Colômbia e dos Estados Unidos. Segundo ele, cinco militares ficaram gravemente feridos após serem atingidos por disparos durante o levante.
“Nunca antes na história da Venezuela tinha acontecido um levante pelo empenho obsessivo e nefasto de um grupo de oposição da extrema direita venezuelana, da oligarquia colombiana e do imperialismo americano, pela sua posição obcecada de derrubar o governo constitucional da Venezuela, de impor um governo ilegítimo”, declarou.
O presidente disse ser mentira a informação de que ele tivera a intenção de abandonar o poder e se refugiar em Cuba, como afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. Para Maduro, a Pompeo falta “seriedade”.