Cerveró é preso pela PF no Aeroporto do Rio
A Polícia Federal prendeu na madrugada de hoje, logo depois da meia-noite, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
- Data: 14/01/2015 10:01
- Alterado: 16/08/2023 17:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Nestor Cerveró
Crédito:Wilson Dias/ Agência Brasil
Acusado de envolvimento na Operação Lava Jato, ele foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo proveniente de Londres. A informação foi confirmada à GloboNews por seu advogado de defesa, Edson Ribeiro, e a PF. O advogado disse que não tinha conhecimento da fundamentação da prisão preventiva. Ribeiro afirmou que foi informado da prisão do ex-diretor da Petrobras pelo próprio Cerveró.
Segundo o advogado, seu cliente prestaria depoimento amanhã no Rio como testemunha em um inquérito que apura vazamento de informações da CPI mista da Petrobrás. “Desconheço a fundamentação da prisão preventiva. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal estavam informados da viagem do meu cliente para a Inglaterra”, disse Ribeiro. O advogado confirmou que o ex-diretor será encaminhado hoje para Curitiba, onde tramita o processo da Lava Jato.
Em nota divulgada nesta madrugada, a Lava Jato informou que havia indícios de que Cerveró não só poderia atuar para ocultar patrimônio como dificultar as investigações. Cerveró é acusado de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia aceita em 17 de dezembro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.
Foi a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal na sétima fase da operação. Além de Cerveró, passaram a ser réus no processo: Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal. Além deles, a Justiça também aceitou a denúncia contra o doleiro Alberto Youssef, que já virou réu em outras ações. Além de Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa é alvo de cinco ações.