Sertões: Dupla do Maranhão vai desbravar o roteiro de mais de 7.200km a partir de sábado
Nesta edição de 30 anos, que será o maior rali do mundo em trechos cronometrados, Cadasso comemora sua 10ª participação
- Data: 23/08/2022 09:08
- Alterado: 23/08/2022 09:08
- Autor: Redação
- Fonte: Cadasso Racing
Crédito:Raillen Martins
Agora falta pouco para a edição histórica do Sertões que completa 30 anos e cruzará do Sul ao Norte do país em 15 dias. Com largada (Foz do Iguaçu/PR em 27/8) e chegada (Salinópolis/PA em 10/9) inéditas, o roteiro vai cruzar oito estados e as cinco regiões do país. Mas não faltará fôlego e garra para Fábio Cadasso e João Afro #342 (equipe Cadasso Racing) encararem o desafiante roteiro. A única dupla do Maranhão no grid dos carros, desta edição, competirá com uma Range Rover Evoque pela categoria Pró Brasil.
Em 2022, Cadasso completa 10 anos de Sertões e, ainda, leva em sua trajetória um feito inédito que dificilmente alguém tirará: é o único piloto da prova a competir em todas as modalidades: Motos, Quadris, UTVs, Carros e Caminhões (extinta em 2015). Tanto que foi apelidado até de “Highlander do rali” pela façanha e por ter atingido o seu objetivo em 2020, quando estreou nos UTVs.
A dupla da Cadasso Racing realizou o último shakedown em terras maranhenses no Grajau, a aproximadamente 600 km da capital São Luís, e aprovou os ajustes. “O carro está perfeito, realmente muito bem montado e está 100% para o rali. Acabei andando sem pneus apropriados para o terreno e, mesmo assim, o carro ficou todo o tempo na mão. E escolhemos a região por conta das boas trilhas”, diz Cadasso.
Diferentemente do ano passado, nesta edição o carro foi montado totalmente em São Luís pelos mecânicos que fazem o Sertões há anos no apoio da equipe. “Agora o carro tem outra motorização, é flex e temos duas opções de combustível. Fizemos uma modificação também na direção hidráulica, no sistema de embreagem para aguentar o longo percurso, entre outros detalhes”, explica Afonso Gonçalves, “o Magrão”, que trabalhou na preparação juntamente com Francisco Júnior.
Amigos dentro e fora dos grids – Para competir lado a lado, mantendo a concentração, harmonia e equilíbrio emocional durante 15 dias não é tarefa fácil. Assim, além da amizade entre piloto e navegador, é necessário muita sintonia e respeito e isso não falta a Cadasso e Afro que são amigos de longos anos em São Luís.
A parceria entre piloto e navegador completa seis anos. Ficaram por três anos afastados e retomaram no ano passado. “Quando Fábio estreou nos Sertões, nos caminhões, eu estava lá e, desde então, temos cinco pódios juntos no Sertões e muita história para contar. Certamente ficará marcada na nossa trajetória fazermos juntos essa edição de 30 anos. É um piloto muito focado e acostumado a lutar por seus objetivos e a gente tem uma ótima sintonia”, diz o navegador Afro que segue para a 7ª participação na competição.
Trajetória de pódios, superações e até incêndio no Sertões – Fábio Cadasso e João Afro estrearam no Sertões em 2012, na categoria Caminhões Leves, pela Ford Racing Trucks/Território Motorsport, quando terminaram em 3º na categoria. Em 2013, Cadasso pilotou um Troller (Troller Racing/Território Motorsport) e terminou em 3º na Production T2. No mesmo ano, conquistou os títulos Brasileiro e Paulista de Rally Cross Country 2013, nos Caminhões Leves. Dois anos depois retornou ao grid e passou a competir com equipe própria com uma Pajero TR4, novamente ao lado Afro, com quem conquistou por três anos o pódio: 5º lugar em 2015 e 2017 e vice-campeão em 2016, sempre na Production T2. Guerreiro e movido a desafios, encarou a edição de 2018 de moto (CRF 250cc), mas se acidentou e não completou a prova, depois em 2019 disputou nos quadris (700cc) e fechou em 5º na categoria e, em 2020, estreou nos UTVs, com o navegador Arthur Carvalho, finalizando em 7º, na Over 45. No ano passado, devido a um princípio de incêndio no carro durante o deslocamento da 4ª etapa, a participação da dupla foi abreviada. Apesar de Cadasso e Afro terem conseguido controlar as chamas e nada de grave sofrerem, optaram em não continuar na prova, pois o equipamento ficou parcialmente danificado.