Ansiedade e dificuldade social aumentam permanência em 25% após a pandemia

Excesso de pensamento de futuro, podendo ser somado a traumas ou eventos negativos do passado, como uma falta de perspectiva real do e no presente, essa é a ansiedade

  • Data: 30/05/2022 11:05
  • Alterado: 17/08/2023 03:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Leandro Cunha,
Ansiedade e dificuldade social aumentam permanência em 25% após a pandemia

Saúde mental

Crédito:Reprodução - Redes Sociais

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No primeiro ano da pandemia de COVID-19, a prevalência global de problemas à saúde mental aumentaram em 25%. Números são da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O possível aumento das condições citadas levaram 90% dos países pesquisados a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à COVID-19. 

“Este é um alerta para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio à saúde mental de suas populações”, diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. 

Isolamento social 

Uma das medidas estabelecidas pela pandemia foi o “lockdown”. Chamado de quarentena no Brasil, a medida foi uma das mais importantes para combater o vírus. Mas, embora tenha sido necessária, trouxe problemas à saúde mental de algumas pessoas. 

“Lembro que quando começou a Pandemia, era muito chamado para comentar sobre como seria a reação das pessoas com o isolamento. Chamei esse movimento na época como “Corona Pânico” pois a mídia e as informações estavam massacrando as pessoas, com medo, e fazendo com que as pessoas criassem um sistema que chamei de “SAPE”, sistema de auto proteção da espécie”, comenta Leandro Cunha, especialista em inteligência emocional, presidente de FBIE – Fundação Brasileira de Inteligência Emocional. 

Para o especialista em comportamento humano, a experiência nunca vivida antes de uma pandemia deixou muitos vestígios. 

“Hoje, depois de quase dois anos e meio, os isolamentos foram suspensos e o uso de máscara foi liberado. Porém, o mal ainda está acontecendo, pois, tudo que aconteceu na pandemia em si criou nas pessoas uma reestrutura social e financeira complexa. Com isso, passou a se ter com mais ansiedade, além de alguns terem que “reaprender” como conviver socialmente.” 

A Ansiedade no país 

Excesso de pensamento de futuro, podendo ser somado a traumas ou eventos negativos do passado, como uma falta de perspectiva real do e no presente, essa é a ansiedade. 

Antes ignorada, hoje a ansiedade é um grande mal presente na humanidade. No Brasil, por exemplo, 9,3% das pessoas sofrem de ansiedade. Ou seja: a cada 10 pessoas, é provável que uma sofra com o mal. 

“Quanto mais vai se tendo essa preocupação do futuro, aumenta-se a forma de enxergar um vazio, sem respostas e melhorias, a preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas. A ansiedade gera às vezes uma frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese e sensação de cansaço, como sensação de pânico.” 

Como que se deve ter 

O aumento na prevalência de problemas de saúde mental deixa enormes espaços vazios no atendimento daqueles que mais precisam. Durante parte da pandemia, os serviços para condições mentais, neurológicas e de uso de substâncias foram os mais interrompidos entre todos os serviços essenciais de saúde relatados pelos Estados Membros da OMS. 

No final de 2021, a situação melhorou um pouco, mas hoje muitas pessoas continuam incapazes de obter os cuidados e o apoio de que precisam para condições de saúde mental pré-existentes e recém-desenvolvidas. 

“A certeza e colocar em mente é que todo mal tende a acabar. Por mais que esse mal seja extremamente difícil de se combater e a busca por um psicólogo ou especialista seja extremamente recomendada, quem sofre de ansiedade e problemas sociais pode ter algumas ajudas como: procurar organizar sua rotina diariamente, investir no autoconhecimento, aprender a controlar a sua própria respiração e não exigir tanto de si”, finaliza Leandro Cunha.

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  • Data: 30/05/2022 11:05
  • Alterado:17/08/2023 03:08
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