Deltan diz que TCU tenta ‘puni-lo’ por combater a corrupção
Ex-procurador responde a um processo que cobra a restituição de valores pagos em diárias e viagens durante a Lava Jato
- Data: 25/05/2022 14:05
- Alterado: 25/05/2022 14:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Curitiba- PR- Brasil- 24/10/2016- O o juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, durante sessão especial na Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP). Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP
Crédito:Reprodução
O ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que foi coordenador da extinta Operação Lava Jato e hoje é pré-candidato a deputado federal, disse nesta terça-feira, 24, que o Tribunal de Contas da União (TCU) quer “puni-lo” por “combater a corrupção”.
Dallagnol responde a um processo que cobra a restituição de valores pagos em diárias e viagens durante a Lava Jato. O ministro Bruno Dantas, relator do caso, deu até o próximo dia 6 para ele apresentar sua defesa. A abertura do procedimento foi aprovada pela Segunda Câmara do TCU no mês passado a partir de representações do Ministério Público de Contas e da bancada do PT na Câmara.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-procurador diz que o dinheiro foi investido para reunir especialistas em lavagem de dinheiro e combate à corrupção. “Para isso, como qualquer empresa paga, foram pagas passagens aéreas para essas pessoas virem trabalhar, dinheiro para eles pagarem hotel, alimentação”, justifica Dallagnol.
O pré-candidato também diz que o ministro Bruno Dantas “estava lá no jantar de lançamento da pré-candidatura do ex-presidiário” em referência ao evento que marcou a aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
“Não sou administrador do Ministério Público, não mandei pagar diárias, não recebi essas diárias, não autorizei”, contesta o ex-coordenador da força-tarefa de Curitiba em outro trecho da gravação.
Além dele, são alvos do TCU o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e oito antigos integrantes da Lava Jato. Só Deltan foi cobrado a devolver R$ 2,8 milhões.