Bolsonaro cita momento difícil, mas usa comércio para justificar viagem à Rússia
De acordo com a agenda oficial do presidente, a partida de Brasília para Moscou deve ocorrer às 18h
- Data: 14/02/2022 14:02
- Alterado: 14/02/2022 14:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Alan Santos / PR
Prestes a viajar para a Rússia em meio à escalada das tensões entre o governo de Vladimir Putin e a Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a usar a relação comercial do País com o Kremlin para justificar sua ida a Moscou. Além da dependência do agronegócio brasileiro dos fertilizantes russos, o chefe do Executivo também disse que tem questões a tratar sobre defesa e energia.
“Sabemos o momento difícil que existe naquela região”, disse Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. “Temos negócios com eles, comerciais. Em grande parte, nosso agronegócio depende dos fertilizantes deles. Temos assuntos para tratar sobre defesa, sobre energia, muita coisa para tratar. E o Brasil é um país soberano”, declarou.
O presidente afirmou que torce pela paz na região. “A gente quer a paz, mas tem que entender que todo mundo é ser humano aí. Vamos torcer para que dê certo, se depender de uma palavra minha o mundo teria paz”, completou o chefe do Executivo, ao citar outros conflitos que ocorreram no mundo no passado.
De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro, a partida de Brasília para Moscou deve ocorrer às 18h. O presidente não tem nenhum outro compromisso público marcado para esta segunda-feira.
No sábado, 12, Bolsonaro havia confirmado a viagem a Moscou. “Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso País, energia, defesa e agricultura”, afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais, após conceder entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi. “A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós”, acrescentou.