Poucos mudam o mundo: Nelson Mandela fez isso

Ontem, 05 de dezembro de 2013, faleceu um líder. Madiba, como era conhecido na África do Sul, nasceu em 18 de Julho 1918, perto de Umtata, capital da reserva de Transkei, no seio da família real da tribo Themba, chefiada por seu pai, Henry Gadla Mandela, seu nome de nascença era Rolihlahla. Nelson foi dado por uma professora, aos 7 anos, quando entrou na escola.

Sua vida política começa em 1941 quando mudou-se para Johanesburgo fugindo de um casamento arranjado e filiando-se ao partido Congresso Nacional Africano (CNA). Estudou direito e em 52 abriu o primeiro escritório de advocacia de negros do país. Foi preso em 56 acusado de alta traição. Após 4 anos as acusações foram arquivadas. Em 1958, Mandela se casa com Winnie Madikizela. Com medidas adotadas pelo apartheid em 60, é declarado estado de emergência no país. O CNA é banido e forma um braço militar clandestino liderado por Mandela. Em 1962 Mandela é preso e em 1964, ele e outros sete membros são condenados à prisão perpétua. A comunidade internacional aplica uma série de sansões ao regime sul-africano do apartheid a partir de 1967 e, em 1990, o presidente FW De Klerk levanta o veto ao CNA. Em 11 de fevereiro de 1990, Mandela é solto após 27 anos na prisão. Na primeira conferência nacional do CNA, no ano seguinte, Mandela é eleito presidente do partido. Em 1994, pela primeira vez na história sul-africana, todas as raças votam em eleições democráticas. Mandela é eleito presidente. Mandela, que em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz juntamente com Frederik de Klerk, governou a África do Sul até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, como referência na luta contra a segregação racial, e visto pelos seus compatriotas como o patriarca da “nação do arco-íris”.

O prof. Roberto Gondo da Universidade Presbiteriana Mackenzie explana sobre a importância de Nelson Mandela para o mundo. “Nelson Mandela representou uma fundamental força política e social para as rupturas paradigmáticas nos preconceitos étnicos da África do Sul nas últimas décadas. Sua luta contra o modelo do apartheid sul-africano fomentou novas conquistas pelos direitos de igualdade racial por todo o mundo. Como presidente de seu país na década de 90, pode ganhar notoriedade internacional e contribuir com seus pensamentos e ações democráticas para uma nova ordem social pós Guerra Fria. Seus atos de militância e políticas públicas adotadas amenizaram os problemas sociais e elevaram a África do Sul no patamar de países em desenvolvimento emergente, influenciando diretrizes políticas para demais blocos do globo. Certamente seu legado ficará institucionalizado nos anais de luta democrática ocorridos no século XX e princípios balizadores para o XXI.”