280 mil empresas reduziram empregados na 2ª quinzena de agosto
Números do IBGE mostram melhora em relação ao começo da pandemia, mas empresas ainda apresentam dificuldades e demissões
- Data: 01/10/2020 13:10
- Alterado: 01/10/2020 13:10
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo/IBGE
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Na segunda quinzena de agosto, 280 mil empresas reduziram a quantidade de empregados em relação à quinzena anterior, sendo que 56,8% delas diminuíram em até 25% o quadro de pessoal. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos 3,4 milhões de empresas em funcionamento no país, na segunda quinzena de agosto, 37,9% informaram que a pandemia teve efeito pequeno ou inexistente nas suas atividades. Outros 33,5% informaram efeito negativo e 28,6%, efeito positivo.
A maioria das empresas em funcionamento, 85% delas, o equivalente a 2,9 milhões de companhias, manteve o número de funcionários na segunda quinzena de agosto em relação à quinzena anterior. Uma fatia de 8,1% indicou demissões.
O impacto foi pequeno ou inexistente para 43,2% das empresas do setor de Serviços e 40,3% da Indústria. Já as empresas de Construção foram as que mais sentiram impactos negativos (40,0%), seguidas pelas empresas do Comércio (36,0%), com destaque para o Comércio Varejista (39,7%). Por outro lado, o efeito foi positivo para 47,5% das empresas do Comércio de veículos, peças e motocicletas.
Na segunda quinzena de agosto, 54,4% das empresas em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, mas 31,4% relataram dificuldades, enquanto 13,9% registraram facilidades. Quanto ao acesso aos fornecedores, 44,1% não perceberam alteração significativa, mas 46,8% tiveram dificuldades.
Entre as companhias em atividade, 23,8% adiaram o pagamento de impostos e 11% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial.
Na segunda metade de agosto, 21,4% das empresas afirmaram que foram apoiadas pela autoridade governamental na adoção de medidas emergenciais contra a pandemia.