20% das empresas fecham no primeiro ano
Região Sudeste tem maior taxa de sobrevivência empresarial no Brasil
- Data: 05/12/2024 11:12
- Alterado: 05/12/2024 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: g1
Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (5), revela que o setor de comércio liderou tanto na criação quanto no encerramento de empresas geradoras de empregos em 2022. A pesquisa, intitulada “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, analisa a dinâmica das empresas formais no Brasil, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs).
De acordo com os dados, apenas uma em cada quatro empresas empregadoras consegue se manter em operação após o primeiro ano. Para aquelas fundadas em 2017, a taxa de sobrevivência foi de 76,2% até 2018, mas diminuiu para 37,3% quando considerada até 2022. Isso indica que cerca de dois terços das empresas não ultrapassaram cinco anos de existência. No entanto, houve uma ligeira melhora na resistência empresarial; das companhias abertas em 2021, 79,6% continuaram ativas em 2022.
O levantamento também contabilizou 210,7 mil encerramentos de empresas empregadoras ocorridos em 2020. O IBGE considera como “morte” de empresa a cessação das atividades por um período igual ou superior a dois anos após o ano-base da análise.
Segundo Eliseu Oliveira, analista do estudo, “é natural que empresas enfrentem desafios ao longo do tempo e muitas acabam fechando”. Thiego Ferreira, gerente da pesquisa, acrescenta que esse fenômeno reflete questões microeconômicas e estruturais que afetam globalmente as firmas.
Em termos regionais, as empresas localizadas no Sudeste apresentaram a maior taxa de sobrevivência, seguidas pelo Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
O ano de 2022 registrou a maior quantidade de novas empresas empregadoras desde 2017, com um total de 405,6 mil novas organizações. Esse número representou 15,3% do total de empresas ativas naquele ano. O comércio foi o setor que mais contribuiu para essa expansão inicial, representando 39,4% dos novos negócios. Contudo, também liderou os fechamentos com 43,3% do total.
Além disso, o IBGE identificou 70.032 empresas de alto crescimento no Brasil em 2022. Essas são caracterizadas por um aumento mínimo de 20% no número de funcionários ao ano durante três anos consecutivos. Dentre elas, 6.623 eram classificadas como “gazelas”, indicando que têm entre três e cinco anos e exibem rápido crescimento.
Os resultados refletem uma tendência global e oferecem uma visão aprofundada sobre a movimentação empresarial no Brasil. A partir de agosto deste ano, o Documento Eletrônico de Transporte (DET) será exigido para MEIs e empregadores domésticos.