1 em cada 5 cidades relata falta de vacina para crianças
Levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras
- Data: 02/12/2022 14:12
- Alterado: 02/12/2022 14:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a covid-19, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre o dia 22 e a segunda-feira, dia 28. O levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras.
“É fato que até o momento temos a vacinação como a maior arma contra a covid-19, seguida das medidas de distanciamento social e proteção individual, como a máscara, por exemplo. E notamos pela pesquisa que essas medidas já começaram a ser adotadas por grande parte dos municípios que enfrentam alta na disseminação da doença”, explica Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
A pesquisa ouviu 1.970 municípios na última semana de novembro. Dentre os 416 que apontaram falta de vacinas para o público infantil dos 3 aos 11 anos, a maioria está no Nordeste (31,5%), seguida por Centro-Oeste (26,9%), Sudeste (19,4%), Sul (17,5%) e Norte (10,8%). A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac, o único produto autorizado para crianças de 3 e 4 anos. Uma parcela de 152 cidades (36,5%) também relata falta da Pfizer infantil, destinada ao público de 5 a 11 anos. Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote de doses da Coronavac para serem distribuídas aos Estados e municípios, mas as secretarias alegam que a quantidade foi baixa para a demanda.
No Recife, a vacinação em crianças de 3 e 4 anos foi suspensa na própria quarta e, segundo a prefeitura da capital pernambucana, dois ofícios foram enviados ao governo federal, cobrando remessas prometidas, mas nenhum deles foi respondido. Esta foi a segunda vez em um mês que a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) precisou suspender a imunização. Após a primeira interrupção, no início de novembro, o governo federal enviou 1,3 mil doses, que já se esgotaram. Apenas 27,27% das crianças de 3 e 4 anos moradoras da cidade conseguiram a imunização até o momento.