Semana da Enfermagem foca boas práticas na Santa Casa de Mauá
Durante o ano de 2016, a equipe de Enfermagem da Santa Casa de Mauá trabalhou fortemente na melhoria da qualidade assistencial
- Data: 24/05/2017 09:05
- Alterado: 24/05/2017 09:05
- Autor: Redação
- Fonte: MP & Rossi Comunicações
Crédito:
Fica claro cada vez mais que o processo de cura está ligado diretamente às boas práticas do cuidado e não focado apenas na patologia (doença), mas sim no ser humano como um todo.
Durante o ano de 2016, a equipe de Enfermagem da Santa Casa de Mauá trabalhou fortemente na melhoria da qualidade assistencial. E para alcançar seus objetivos, foram elaborados os protocolos assistenciais seguindo as seis metas internacionais de segurança do paciente, o que resultou no Programa de Boas Práticas da Enfermagem, visando também a acreditação hospitalar ONA1.
O programa Boas Práticas da Enfermagem da Santa Casa de Mauá conta com o apoio do diretor técnico Hélio Yoshimoto, em parceria com a Auditoria Hospitalar. Nosso trabalho é aplicar treinamentos para a equipe de Enfermagem mediante aos apontamentos realizados pela auditoria. Para isso, criamos um calendário anual de treinamentos e para que possamos atingir 100% dos colaboradores da área, habilitamos uma enfermeira referência em Boas Práticas para o plantão noturno.
Nesse período são realizados treinamentos no horário de menor movimento no hospital e, durante o dia, conta-se com o apoio da enfermeira em educação continuada, que segue aplicando os treinamentos para os profissionais desse plantão. O segundo passo foi elaborar protocolos assistenciais em cumprimento as seis metas internacionais de segurança do paciente:
Meta 1: Identificar os pacientes corretamente. No momento da internação, os pacientes são identificados com uma pulseira que contém o nome, data de nascimento e registro hospitalar, cujos dados são confirmados junto com ele e o familiar.
Meta 2: Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais da assistência. Erros de comunicação podem causar danos aos pacientes. Por isso, implementamos em cada posto de enfermagem um Quadro informativo, com o número do leito e do paciente e informações sobre quais especialidades ele aguarda avaliação, tipo de dieta e exames a serem realizados. Esse quadro tem proporcionado bons resultados para a comunicação entre a equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, nutricionista, fisioterapeutas, entre outros). Implantamos também o Kardex, que é uma apostila de controle de pacientes que contém a etiqueta com os dados dos pacientes e nesse impresso é anotada toda a conduta realizada no paciente durante o plantão, bem como exames realizados. O kardex é de utilização do enfermeiro.
Meta 3: Melhorar a segurança das medicações de alta vigilância. A medicação é distribuída pela farmácia individualmente, por paciente. Os psicotrópicos prescritos somente são liberados mediante prescrição médica carimbada e assinada por quem retirou e pelo farmacêutico.
Meta 4. Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto. A fim de se buscar a melhoria do processo cirúrgico, implantamos o SAEP (Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória), um impresso com todo o histórico e exame físico do paciente que deve ser preenchido pelo enfermeiro antes da cirurgia – ainda no quarto – após a demarcação do membro a ser operado pelo médico cirurgião. Em cada sala cirúrgica foi implantado o quadro Check List de Cirurgia Segura, com todas as informações inerentes à cirurgia.
Meta 5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde. A OMS estima que, entre 5% e 10% dos pacientes admitidos em hospitais adquirem uma ou mais infecções. A higiene das mãos de acordo com as diretrizes atuais da OMS ou do Center for Disease Control é uma medida primária preventiva fundamental. Por isso, implementamos estratégias e treinamento da técnica de higienização das mãos direcionada a toda equipe, treinamento e orientações quanto ao uso de dispositivos de punção venosa e descarte correto de materiais perfurocortantes. Temos ainda o programa de monitorização do uso de antibióticos para profilaxia e tratamento.
Meta 6. Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de quedas ou úlceras por pressão. Estamos trabalhando na implantação do protocolo de queda onde o paciente será avaliado diariamente pelo enfermeiro a fim de diminuir ou eliminar qualquer risco identificado que comprometa a segurança do paciente. Tem ainda o protocolo de lesão de pele onde diariamente o enfermeiro implementará um plano terapêutico, onde se avalia e elimina os riscos de dano à pele. Caso o paciente interne com lesão de pele, ela será tratada com medicamentos e medidas terapêuticas.
Todos os protocolos elaborados e processos implantados contaram com o apoio da diretoria, do superintendente Harry Horst Walendy Filho e do diretor técnico Hélio Yoshimoto. A melhoria na assistência e elevação da qualidade somente se tornam possíveis quando há o comprometimento das equipes e o alinhamento de processos. Há muitos degraus a subir e para se alcançar a excelência, é preciso atender o paciente com qualidade, respeito e ética.